Reportagem especial

Cem dias de Governo Allyson (Parte 3 de 3): gestão na pandemia e a oposição

Não se pode falar dos cem dias de gestão do prefeito Allyson Bezerra sem incluir a pandemia, a terceira e última parte da série. Ele teria em suas mãos uma das maiores tragédias sanitárias para administrar na cidade
10 de abril de 2021
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Por William Robson

Não se pode falar dos cem dias de gestão do prefeito Allyson Bezerra sem incluir a pandemia, a terceira e última parte da série. Em dívidas e com obras inacabadas, o gestor teria em suas mãos uma das maiores tragédias sanitárias para administrar. Com vacinas escassas e o aumento do número de casos de pessoas contaminadas, a cidade entrou em colapso em 2 de março. Não havia  mais qualquer vaga de UTI Covid nos hospitais da cidade.

Durante visita à UPA do Belo Horizonte e, logo após, fazer um apelo à população sobre o colapso no sistema  em Mossoró

Pelas redes sociais, o prefeito expõe o drama: “A cada dia que passa a situação vai ficando pior”. Ele precisava administrar a situação com menos recursos repassados para a Covid. Enquanto a ex-prefeita Rosalba Ciarlini recebera R$ 80.365.921,20, o atual prefeito tinha em mãos tão somente R$ 1,4 milhão. E, associado a isso, teve de conviver com boatos e a politização da vacina.

Um dos boatos tinha como enredo o fato de Mossoró não ter aderido ao consórcio para compras de vacinas contra a covid-19, feito pela Frente Nacional dos Prefeitos. A secretária de Saúde, Morgana Dantas, se antecipou rapidamente para conter a desinformação que começava a tomar conta das redes sociais. “É prudente e responsável que as pessoas, antes de divulgarem informação desta magnitude, certifiquem-se  dos fatos para evitar disseminar inverdades”, disse.

Por sua vez, a politização tinha como base o fato de a cidade não vacinar seus idosos nos finais de semana. Mossoró não aplicava por duas razões: não haviam vacinas disponíveis e pela clara exaustão dos profissionais da saúde na linha de frente que mereciam descanso.  Ambas as situações travavam a política de imunização da cidade.

O prefeito e a secretária de Saúde, Morgana Dantas, durante visita a posto de vacinação no final de semana

Os finais de semana anteriores foram fundamentais no aumento da vacinação. A participação da sociedade se colocando como voluntária auxiliou o trabalho dos profissionais de saúde. Além da rapidez na imunização, ampliando a faixa etária dos idosos atendidos, a  campanha Mossoró Vacina possibilitou que Mossoró superasse a marca de mais de 30 mil vacinados, superior a 10% da população, índice que superou a média nacional, de 7,20% e do Rio Grande do Norte, de 7,32%. Neste sábado (10) e domingo (11), serão vacinados os idosos de 62 anos acima.

Aliado a isso, Allyson não criou problemas com relação aos decretos do Governo. As decisões sobre as medidas restritivas eram tomadas em comum acordo com a governadora Fátima Bezerra, diferente do que ocorreu em Natal com o prefeito Álvaro Dias e até mesmo com a ex-prefeita Rosalba Ciarlini.

A vacinação veio também com outro momento importante na saúde. A contratação de médicos para as Unidades Básicas de Saúde (UBS), problema crônico em todas as regiões da cidade e que foi resolvido a partir do contrato com cooperativa médica. Os profissionais já estão atendendo. Não há ausência de profissionais nestes centros. Além disso, no dia 8 de abril, foi entregue uma nova Unidade de Saúde, no conjunto Costa e Silva, investimento que superou a quantia de  R$ 1 milhão. Já está com todos os equipamentos e profissionais atendendo aos moradores da região.