Benes, Carlos Eduardo ou Styvenson tem alguma chance contra Fátima?
O trio tem um pé na candidatura ao Governo do Estado nas eleições do ano que vem. Ou seja, pretende derrotar a atual governadora Fátima Bezerra, em desafio, que todos sabem, não será fácil
Por William Robson
O Blog do Barreto levantou uma enquete em seu grupo no Facebook. Quer saber qual candidato é mais viável entre três nomes: o senador Styvenson Valentim, o deputado federal Benes Leocádio e o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves. O trio tem um pé na candidatura ao Governo do Estado nas eleições do ano que vem. Ou seja, pretende derrotar a atual governadora Fátima Bezerra, em desafio, que todos sabem, não será fácil. Dos três, apenas um foi objetivamente anunciado. É o caso de Benes.
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Benes foi apadrinhado pelo ministro Rogério Marinho, que por sua vez, espera sair como candidato ao Senado. Marinho não é benquisto pelo eleitor potiguar. Foi defenestrado nas urnas e, embora todos imaginassem que estivesse morto politicamente, foi exumado e ressuscitado pelo presidente Jair Bolsonaro. No Governo Federal tem protagonizado cenas de força diante do chefe, junto ao Centrão, e enfrentado celeumas com o ministro Paulo Guedes e denúncias de desvios de recursos via escândalo do Tratoraço.
Nestas condições acredita que terá forças para ocupar a vaga que hoje é de Jean-Paul Prates. E, para isso, traz consigo o nome de Benes. A rigor, não há nada que venha a desabonar o deputado federal da região Central. Ele circula bem entre os políticos potiguares. É bem articulado. O que pesará em suas costas é exatamente a sombra do bolsonarismo, que o RN abomina.
Por sua vez, Styvenson espera o cavalo selado que passou diante de si nas eleições de 2018. Por enquanto, tudo está no âmbito especulativo. Na esteira bolsonarista, o policial conseguiu se sobressair, embora descolado do presidente. A onda veio por conta do fetiche eleitoral pelos militares e por sua vibe de justiçamento que seduziu eleitores que foram contaminados com a ideia da criminalização da política. Neste caminho, saiu-se vitorioso.
A questão é: teremos o mesmo panorama no ano que vem? As pesquisas que desligam este eleitor do bolsonarismo revelam a guinada para a política progressista bem sucedida de um passado recente. Lula se sai bem nas sondagens e quem estiver à margem pode sofrer o revés do cenário do por vir que tende a dar fim a tudo que venha a derivar da extrema-direita.
Por fim, Carlos Eduardo Alves não declarou, assim como Styvenson, que pretende ser candidato ao Governo. Mas, não quer ficar fora do jogo. Nem que para isso, venha a ser o candidato ao Senado da governadora Fátima Bezerra. Isso, se Jean não se viabilizar eleitoralmente, diante da difícil missão de alcançar os dois dígitos nas pesquisas.
O ex-prefeito de Natal tem como moeda de troca, a possibilidade de ampliar o capital eleitoral de Fátima em Natal. Por outro lado, Fátima teria condições de transferir votos do eleitoral do interior para Carlos. A matemática, pelo menos na teoria, seria esta. Mas, precisa combinar com o eleitor primeiro. Será que aceitaria se submeter a este intercâmbio?