Uma imagem tocante
Era comum testemunharmos famílias de famintos batendo as portas e um noticiário que relatava constantemente a fome nesta região, sem que ninguém tomasse uma providência
Uma família inteira à beira da estrada, no Ceará, implorando por comida, nos anos 80. Filhos pedem de joelhos por uma esmola. Só um ingrato ou um asno mesmo que não percebe que esta cena não é mais vista no Nordeste. Felizmente.
Era comum testemunharmos famílias de famintos batendo as portas e um noticiário que relatava constantemente a fome nesta região, sem que ninguém tomasse uma providência.
A fome chegou a ser uma indústria rentável para grupos políticos oligárquicos que ainda hoje sobrevivem na região e neste triste RN.
Estes grupos lutam incansavelmente contra governos progressistas e contra programas que distribuem renda e contribuem para que esta máquina sórdida que se alimenta da miséria que só engordou a elite por aqui, volte a funcionar.
Comer é um direito humano, mas para os reacionários, é uma dádiva do capitalismo que só premia com comida aquele que trabalha. Ou seja, se não tiver no sistema, tem de morrer de fome mesmo.
Entrar neste sistema perverso não é uma questão de escolha. E se não é por escolha, que alguém mude esta situação. Riqueza e pobreza não são algo dado.
É uma distorção criada pela humanidade inviável, jamais deve ser encarada como algo normal.
Esquecer a fome que nossos nordestinos do passado enfrentaram é de uma ignorância semelhante a quem não consegue acionar uma única sinapse. É esquecer a história recente, embora sabemos que não sensibiliza aqueles que sempre tiveram o que comer.
Quando vejo imagens assim, entendo o bater panelas de uma elite egoísta. Ela recorre fortemente, com toda a sua infra-estrutura, para voltarmos à condição de coitados que pedem migalhas de joelhos.
Enquanto os ricos individualistas e sádicos baterem panelas, significa que a panela do nordestino está cheia…
VIVEREMOS E VENCEREMOS