Gazeta do Oeste

Um percurso bem sucedido

Ainda perplexo, ao tomar conhecimento através do amigo e companheiro de profissão de fé, Esdras Marchezan Sales, sobre o encerramento das atividades da Gazeta, local onde tive a oportunidade de desenvolver projetos, de atuar em várias editorias, fazer experiências com meus colegas (todos muito empenhados) e onde dedicamos parte de nossas vidas à pratica de um jornalismo que acreditávamos ser o melhor para a sociedade

Ainda perplexo, ao tomar conhecimento através do amigo e companheiro de profissão de fé, Esdras Marchezan Sales, sobre o encerramento das atividades da Gazeta, local onde tive a oportunidade de desenvolver projetos, de atuar em várias editorias, fazer experiências com meus colegas (todos muito empenhados) e onde dedicamos parte de nossas vidas à pratica de um jornalismo que acreditávamos ser o melhor para a sociedade.

Com Canindé Queiroz e o seu grande coração com todos os que atuavam ali, e dona Maria Emília Lopes Pereira, sempre pronta a nos apoiar nas ideias mais ousadas (muitas vezes, inviáveis sob o ponto de vista comercial, mas engrandecedoras para o jornalismo e para a marca) fazíamos da Gazeta, um laboratório e um local de prazer e alegria (e isso resultava nas tiragens em crescimento no fim dos anos 90, na repercussão das reportagens produzidas).

Tive um grande momento em minha vida que foi editar a Gazeta por alguns anos e a sorte de ter uma equipe interessada e sempre pronta a se atualizar. A Gazeta nao media esforços para adquirir os equipamentos mais modernos, de incentivar seus jornalistas a trocarem experiências com jornais de referência seja onde fosse e apostar, antes de todos na cidade, na segmentação dos cadernos, nas notícias online, nos suplementos especiais, nas fotos digitais e nos infográficos.

O atual momento (triste, é verdade) também serve de reflexão, para mostrar que um novo jornalismo é preciso e é possível, uma reinvenção que passa por uma mudança de práticas e de narrativas. A universidade está atenta a esta mudança, sabendo que este mercado continua necessitando de jornalismo. O jornalismo segue necessário.

A contribuição da Gazeta e de O Mossoroense para o jornalismo impresso deve ser entendida como um percurso jornalístico bem sucedido que abriu portas para profissionais, para o campo e para os estudos da área.

Novas demandas exigem que este jornalismo continue, não necessariamente ligado às empresas, mas exercido com o mesmo empenho que testemunhei enquanto estive na GAZETA (em caixa alta, como costumávamos escrever no padrão de estilo do jornal) por quase uma década.

Só posso agradecer à Gazeta e aos amigos que dividiram comigo este prazer e as coisas boas. É o que levarei para a minha vida inteira.

VIVEREMOS E VENCEREMOS