Teremos dias ainda melhores para a Uern?

Por William Robson

Mossoró é, pelos próximos três dias, a capital do Estado. A cidade foi palco para diversas manifestações políticas, atos administrativos a nível federal e também contou com a presença de ministros, deputados e da governadora Fátima Bezerra. Muito em alusão à data magna do Município, a da Abolição. Mas, também por outra efeméride não menos importante: os 53 anos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Uma das primeiras atividades da governadora em Mossoró, como sede provisória do Poder Executivo, foi participar da solenidade na reitoria – o local onde o Governo está instalado. Durante a manhã, destacou a importância da universidade para o RN e destacou personalidades importantes para a instituição como o padre Sátio Cavalcanti Dantas e o professor Paulo Linhares. Também aproveitou para prestigiar a nova reitora, Cicília Maia.

Na ocasião, Fátima destacou o projeto aprovado que enterra a escolha de reitor via lista tríplice que, após submetida à comunidade acadêmica passa pela apreciação do governante. Com o fim da lista, a eleição passa a ser direta, sendo o mais votado o vencedor do pleito. Foi uma demanda antiga agora aprovada e que já está valendo. Outra, é a autonomia financeira.

Foi então que a governadora anunciou que na noite desta terça-feira (28) encaminhará projeto em que dá a universidade esta autonomia. O que significa? Significa que parte do orçamento do Estado será destinado para que a Uern, por ela mesma, administre, assim como ocorre com o duodécimo para as Câmaras, Assembleia ou os recursos para o Tribunal de Justiça.

O bom da autonomia financeira é que a Uern terá condição de caminhar com as próprias pernas, fazer planejamento, organizar concursos para técnicos e docentes, subsidiar bolsas, trabalhar planos de carreira e salários dos servidores. Ótima notícia que levanta também o desafio das oscilações orçamentárias. Ou seja, se os recursos do Estado caírem, os projetos da universidade sofrerão imediatamente.

Claro que para o projeto de autonomia estes pontos também são avaliados. Além disso, após a aprovação da autonomia universitária, tem de se levar em consideração o percentual que será destinado para o funcionamento da universidade. Sim, detalhe relevante pois a autonomia não consentirá investidas posterirores aos cofres do Governo sempre que as contas universitárias ficarem no vermelho.

Portanto, a governadora Fátima Bezerra traz boas notícias e novos desafios para a reitora Cicília. Ela pode ser a primeira reitora da autonomia financeira ou de sua transição. E de colocar a Uern no patamar dos grandes centros de referência do Nordeste e do país.