Sob ameaças, jovem que sugeriu envenenar Bolsonaro se explica
O advogado do jovem explicou, através de entrevista à imprensa, que o jovem está extremamente arrependido das postagens e não sabia a dimensão que isso iria tomar
O publicitário Bismarck Victor Diniz, que sugeriu em redes sociais que alguém deveria aproveitar a visita de Bolsonaro ao RN envenená-lo, se manifestou através do seu advogado. Ele recebeu a visita de agentes da Polícia Federal nesta segunda-feira (7) para que o jovem se explicasse. Apesar de não ter qualquer mandado para fazer a abordagem, a ação da PF teria o caráter de garantir a segurança do presidente, como protocolo institucional.
Bismarck publicou em sua conta nas redes: “Quem será que vai fazer o serviço de colocar veneno? Faz falta alguma. É até um serviço de bem pra sociedade”. A repercussão da postagem foi maior devido ao fato de o publicitário residir em Caicó, região onde o presidente Jair Bolsonaro irá desembarcar na noite desta terça-feira (8) para inaugurar trecho final da transposição do rio São Francisco. A inauguração desse trecho acontece na quarta-feira, às 11h, no Clube Atlético de Piranhas, em Jardim de Piranhas.
O advogado do jovem explicou, através de entrevista à imprensa, que o jovem está extremamente arrependido das postagens e não sabia a dimensão que isso iria tomar.
“Ele fez essa postagem despretensiosa. Ele pensa de forma diversa a Bolsonaro, mas não é militante partidário de nenhum partido. E fez sem proporção, motivado pelo ódio das redes sociais. Mas está extremamente arrependido”, ressaltou o advogado Navde Rafael.”Foi um ato de infelicidade, uma brincadeira de muito mau gosto. Já está extremamente arrependido, já passou essa informação para a Polícia Federal, já tornou pública. Ele não tem folha de antecedentes criminais, é uma pessoa de bem”.
Segundo Navde Rafael, após a postagem, o jovem passou a sofrer ameaças. “Ele está sofrendo ameaças, mas já está num local seguro. E não tinha nenhuma intenção, nem possibilidade de vir a atentar contra a vida do presidente”.
O advogado reforçou ainda que a abordagem da polícia foi cordial e durou entre 3 e 5 minutos. “Não teve abuso da polícia. Eles foram comedidos, explicaram a situação. Foi uma ação pedagógica até”.