Sichuan Clover: conheça a nova vacina contra a Covid em fase de testes no RN
Na semana em que o RN superou a marca das 400 mil pessoas vacinas e 500 mil vacinas aplicadas, surge uma outra boa notícia. Outra vacina está vindo por aí
Por William Robson
Na semana em que o RN superou a marca das 400 mil pessoas vacinas e 500 mil vacinas aplicadas, surge uma outra boa notícia. Outra vacina está vindo por aí. E diante das variantes cada vez mais mortais da Covid-19, que ataca mais fortemente os jovens e mantém os leitos de UTIs sempre ocupados, a única forma de enfrentar tamanha pandemia vem com os cuidados sanitários e com mais vacinas.
A boa-nova envolve o RN. O Estado entrou na lista dos envolvidos na fase de teste da vacina da chinesa Sichuan Clover Biopharmaceuticals, sendo o único da região a integrar o universo de voluntários. A Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, autorizou na sexta-feira (16), os testes clínicos da nova candidata a vacina. Mas, para começar efetivamente no país precisará passar pelos protocolos de testes.
O pedido de autorização refere-se às fases 2 e 3 do estudo clínico e envolve 12.100 voluntários do RN, além do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Isso significa que, transposta esta fase, a vacina poderá ser importada ou fabricada no Brasil, agilizando a distribuição de imunizantes entre os brasileiros.
A empresa farmacêutica chinesa que vai realizar os testes no RN, também pretende realizá-los em outros países da América Latina, além da África do Sul, Bélgica, China, Espanha, Polônia e Reino Unido, segundo informou a Anvisa em comunicado à imprensa.
“Para esta autorização, a Anvisa analisou os dados das etapas anteriores de desenvolvimento dos produtos, incluindo estudos não clínicos in vitro e em animais, bem como dados preliminares de estudos clínicos em andamento. Os resultados obtidos até o momento demonstraram um perfil de segurança aceitável das vacinas candidatas”, diz a Anvisa, em nota.
A necessidade de novas vacinas é urgente no país, diante do atraso do Governo Federal na compra de imunizantes diante de outras nações. Enquanto as vacinas são enviadas, o ritmo avança. No caso de Mossoró, a Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social e Juventude, vacinaram nesta segunda-feira, 19, venezuelanos da etnia Warao no Lar da Criança Pobre, localizado no bairro Barrocas.
Max Holanda, da equipe de trabalho da Secretaria do Desenvolvimento Social responsável pela acolhida e cuidados dessa população no município, disse que a expectativa é que todos os 21 indígenas fossem vacinados hoje, mesmo alguns resistindo a ideia. “Isso porque alguns ainda estão resistindo a ideia. Mas acredito que todos os 21 se vacinem”, afirmou.
Para que os venezuelanos pudessem entrar no grupo prioritário, a antropóloga Eliane Anselmo, membro do CERAM/RN pela UERN, explicou que a vacinação faz parte da etapa atual do Plano Estadual de Imunização, voltada às populações em situação de vulnerabilidade.
Enquanto isso, em Natal, a situação é total escassez. A Agência Saiba Mais informou que, na sexta-feira (16), a capital recebeu 10.560 doses da vacina Coronavac para ser utilizada como D2 e aplicou mais de 9 mil delas durante o fim de semana. Deste modo, iniciou esta segunda-feira com 920 doses do imunizante, e todas já foram utilizadas.
Para reforçar a vacinação, portanto, a Anvisa agiliza a liberação de novos candidatos a vacina. Inclusive, a realizou reuniões com a equipe da Sichuan Clover Biopharmaceuticals para “alinhar todos os requisitos técnicos necessários para os testes”.
Trata-se do sexto estudo de vacina contra o novo coronavírus autorizado pela Anvisa no País. No ano passado, foram aprovados os testes dos imunizantes da Universidade de Oxford/Astrazeneca, Sinovac/Instituto Butantan, Pfizer e Janssen (Johnson & Johnson), todas já com registro definitivo ou autorização para uso emergencial no país.
Em 8 de abril deste ano, a agência autorizou a pesquisa da vacina feita em parceria da canadense Medicago R&D Inc com a britânica GSK.