Candidatos à reitoria

Paulinho: “Além da autonomia, o orçamento precisa ser participativo na Uern”

Para enfrentar a candidata que recebe o apoio da atual gestão da Uern, Paulinho Silva tem como slogan de campanha “Uma Outra Uern é Possível”

O professor Paulinho Silva é um dos nomes da oposição na disputa pela reitoria da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Em entrevista ao Foro de Moscow nesta quinta-feira (8), analisou a atual situação da universidade, criticou a perda de recursos via emendas parlamentares, a falta de infra-estrutura para a abertura de novos cursos e a possibilidade de ampliar os horizontes com foco no desenvolvimento regional onde a universidade atua.

Para enfrentar a candidata que recebe o apoio da atual gestão da Uern, a professora Cicilia Maia,  Paulinho Silva tem como slogan de campanha “Uma Outra Uern é Possível”, deixando subentendido que pretende oferecer mudanças de uma lógica que perdura há muitos anos na universidade. “A nossa proposta é uma universidade inclusiva, dialógica, plural e humanizadora. Embora isso esteja na carta-programa de outros candidatos, temos certeza nossa meta diferencie das práticas de gestões que tivemos até agora”, explica.

Para Paulinho, a atual gestão é antidemocrática, sem diálogo com os diversos segmentos. “Não é sensível às reivindicações das categorias”, disse. “Falamos muito sobre a autonomia financeira, mas para isso precisamos de diálogo com a comunidade. Nossa proposta passa pela autonomia, mas por um orçamento participativo na  universidade. A questão da autonomia é inseparável da democracia. Precisamos pensar como a comunidade vai definir os investimentos”.

Para o candidato, o orçamento participativo deve fortalecer o tripé da pesquisa, ensino e extensão. Parece óbvio, mas o professor explica que a situação atual difere deste princípio. “Fazemos pesquisa sem financiamento interno, por exemplo”, adianta. “Nós colocamos em nossa carta que a pesquisa é extremamente importante para que a universidade cumpra o seu papel social, contribuindo com o nosso estado e com a transformação de vidas que por ela passam. Isso é fundamental”.

Para Paulinho, o desenvolvimento social pela universidade passa por políticas internas que favoreçam este aspecto. “O orçamento precisa fazer a universidade cumprir o seu papel que desenvolver o Estado economicamente  e mudar a vida das pessoas, criando oportunidades e fazendo-as ascender socialmente”, acredita. (W.R.)