Rebeldia

Os planos obscuros de vereadores “governistas” contra o governo

As intenções do agrupamento foram anunciadas como sugestivas, críticas e construtivas, até demonstrar ferocidade espantosa na sessão desta terça-feira (8)

Por William Robson

O jornalista Carlos Santos esclareceu as intenções de um grupo de seis vereadores “governistas” que estariam irmanados em  propósitos obscuros. O chamado bloco “Diálogo e Respeito” é composto por Omar Nogueira, Carmem Júlia Montenegro (MDB), Isaac da Casca, Tony Fernandes (Solidariedade), Lamarque de Oliveira (PSC) e Paulo Igo (Solidariedade). O Cabo Tony Fernandes seria o líder do agrupamento.

As intenções foram anunciadas como sugestivas, críticas e construtivas, até demonstrarem ferocidade espantosa na sessão desta terça-feira (8), quando o vereador governista Omar Nogueira expôs toda a sua insatisfação com o governismo, chave que se moveu rapidamente se comparado há poucos dias. Fez alusões sobre o pagamento do piso dos professores como se fosse um ponto crítico ao prefeito Allyson Bezerra. Disse que também é vítima de perseguição e aproveitou para arregimentar outros possíveis perseguidos, em busca de concordância, citando Zé Peixeiro.

Omar se disse contrariado por não “votar no candidato do prefeito”. E, segundo ele, começou a acontecer muita coisa. “Minha mulher trabalhava até ontem na Previ. Dava expediente e é bacharel em Direito… Porque eu me posicionei que não voto contra os professores”, justificou seu desapontamento.

Concertados, os vereadores do grupo iniciaram avalanche de apartes. Carmem Júlia, Paulo Igo, Lamarque, Tony, entre outros, não deixaram passar a oportunidade.

A manifestação de Omar e dos demais têm caráter de ofensiva. O jornalista Carlos Santos mapeou os planos ousados e encobertos.  Segundo ele, o grupo quer tirar o prefeito Allyson Bezerra do poder, a partir de comissões de investigação. Para isso, a ideia é incensar o vice Fernandinho das Padarias, que já havia rompido com o prefeito, e anda de mãos dadas em festas de aniversário ao lado do grupo (como na imagem principal).

O esquema ainda tem pretensões de fortalecimento como grupo alternativo, lançando candidatos a deputado estadual e federal.  Carlos Santos lembra que desse bloco, apenas Paulo Igo participou ativamente da campanha de Allyson Bezerra à prefeitura, em 2020. Os demais eram adversários, sobretudo rosalbistas. Tony Fernandes ingressou no final da campanha, evitando atrelar, até então, seu nome ao prefeito.

Assim, “governistas” se unem a outros para formar um grupo de ataque ao governismo. Seguem dentro de casa, mas começam a revelar as suas facetas desconexas.