Os entraves sobre o local do santuário de Santa Luzia
A princípio, o lugar mais viável é o já projetado nos tempos do ex-prefeito Silveira Júnior
Por William Robson
As discussões sobre a construção do Santuário de Santa Luzia, após anos ressuscitadas, estão encorpando. Audiência na Câmara Municipal, integração da classe política, tudo parece crer que o empreendimento deverá ser concretizado. Sua natureza religiosa, econômica e turística favorece para tal unidade. A questão que ainda esbarra no debate é sobre o local onde o santuário será edificado.
A princípio, o lugar mais viável é o já projetado nos tempos do ex-prefeito Silveira Júnior, a Serra Mossoró. Guarda características e espaço ideal para projetos deste tipo. Nesta segunda-feira (24), o presidente da Câmara, Lawrence Amorim, que encabeça a iniciativa, a vereadora Marleide Cunha e representantes da sociedade estiveram reunidos com a direção do Instituto Chico Mendes (ICMBIO) para tratar do tema.
“Há um desejo da população, através de pesquisa, que o projeto seja feito na Serra Mossoró”, explicou Lawrence, em entrevista ao Foro de Moscow na quinta-feira (20). “Mas, nós estamos conversando com os responsáveis pela serra, visto que faz parte da Furna Feia”. Ou seja, a área é de jurisdição federal e se transformou em parque nacional.
“Tivemos um encontro com o objetivo de compreender, em um diálogo inicial, os impactos ambientais e sociais existentes caso o Santuário de Santa Luzia fosse construído na Serra Mossoró”, explicou a vereadora Marleide Cunha. “A construção do Santuário de Santa Luzia é um empreendimento complexo”.
As conversas foram iniciadas com o coordenador do parque, Leonardo Brasil. Será preciso observar os impactos ambientais na área de preservação diante do avanço do empreendimento, caso este seja o local escolhido. No entanto, outros locais – ainda não definidos – foram pensados com base em estudos. “Este é o ponto mais importante agora. Após definirmos o local, vamos partir para o segundo ponto, que seria o projeto. Assim teríamos a noção da quantidade de recursos necessários para a obra”, conclui Lawrence.