Foro Entrevista

Os dois votos úteis de Carlos Eduardo

A declaração foi dada com exclusividade à Agência Moscow, em entrevista ao Foro Entrevista nesta terça-feira (27)

Por William Robson

A expectativa do candidato ao Senado, Carlos Eduardo (PDT), é que as eleições terminem no domingo. Como Ciro Gomes está atabalhoado em sua campanha, perigando terminar em quarto colocado, Carlos Eduardo se rebelou contra as diretrizes do seu próprio partido e decidiu pelo voto útil ao ex-presidente Lula.

Esta declaração foi dada com exclusividade à Agência Moscow, em entrevista ao Foro Entrevista nesta terça-feira (27). “A eleição polarizou. Estamos constatando, com muita clareza, que é Lula ou é Bolsonaro. As candidaturas de Ciro Gomes e Simone Tebet não vingaram. Elas não tiveram apoio nem apelo popular no Brasil”, disse na entrevista aos jornalistas William Robson e Bruno Barreto. “O que realmente estamos vendo é que ou o Brasil continua com o atraso, que é Bolsonaro, ou o Brasil muda essa situação. E quem muda essa situação, por todas as pesquisas, e porque temos que terminar essa eleição no primeiro turno, é o candidato Luiz Inácio Lula da Silva”

Carlos Eduardo defende o voto útil e sua decisão chega na semana em que uma onda de adesões a Lula ocorre pelo Brasil. E o anúncio de Carlos à Agência Moscow segue este diapasão com repercussão até mesmo na coluna do Ricardo Noblat.

Adepto do voto útil a nível nacional, Carlos Eduardo também defende este modelo a nível de Estado, neste caso, deslocar os votos do deputado federal Rafael Motta para ele. Rafael é classificado por Carlos como l”inha auxiliar do bolsonarismo”. “A candidatura hoje de Rafael Motta é simplesmente uma sublegenda do senhor Rogério Marinho. Quem quiser votar em Rafael vota logo no Rogério, não precisa de intermediário”, afirmou. “Chegamos na reta final da campanha e estamos mostrando que temos condição de derrotar o bolsonarismo, em sua maior expressão nacional. Seria muito triste (eleger Rogério Marinho). Não merecemos nem vamos ter isso”.

Nesta semana decisiva, Carlos Eduardo aposta numa onda de voto útil. Aliás, pensa em dois votos úteis: para Lula e para si.