Petrobras

Onde Jean acerta ao suportar pressão do Governo

A pressão do Governo tem uma motivação: a queda na aprovação popular, segundo as últimas pesquisas

Por William Robson

Muitos acreditam que a chapa do presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates está esquentando, observação temerária até aqui. O que não se pode perder de vista nesta pressão que ele sofre no Governo é que a Petrobras tem sido vista como o instrumento que o Governo espera para garantir os investimentos em pouco tempo.

A pressão do Governo tem uma motivação: a queda na aprovação popular, segundo as últimas pesquisas. A Petrobras é convocada para dar uma resposta, porém, o desafio de Prates é maior do que se imagina. A estatal, dilapidada e entregue fortemente ao mercado, terá manobra difícil para voltar ao seu propósito inicial, de servir como propulsor do desenvolvimento social.

Prates fala que a Petrobras é desenhada para a transição energética, ambientalmente sustentável, no que está certo ao pensar a longo prazo. Mas, o Governo tem pressa e quer explorações a todo custo, recorrendo ao potencial do combustível fóssil, o que também não está errado.

A Petrobras não tem mais suas características originais. Prates tem como maior tarefa, trazê-la de volta ao povo, sem causar grandes choques no mercado. Lula tem pressionado por isso o quanto mais rápido.