O real “controle progressivo” da violência no RN
Novos parâmetros apontam para o declínio de investidas criminosas sem previsão de a guerra acabar
Por William Robson
O ministro da Justiça, Flávio Dino, que vem acompanhando de perto a situação dos ataques violentos no RN, fez um diagnóstico mais preciso do que as primeiras impressões anunciadas pelo Governo. O quadro segue tenso e não está sob controle. O que existe é um “controle progressivo” na incidência de casos.
Dino buscou no retrospecto os fundamentos para a sua constatação. “É muito melhor que a de dois, três dias atrás. Saímos de centenas de ataques para menos de dez”, disse. Realmente, o ministro tem razão. Os ataques arrefeceram, fato que coloca o Governo do Estado neste patamar de um controle aos poucos a ser alcançado.
A primeira semana da onda criminosa, segundo indicativos da Secretaria de Segurança, assinalou 246 ataques em mais de 40 cidades do RN, 15 destas ações registradas em Mossoró. A segunda semana demonstra uma cristalina redução. Até esta quarta-feira (22), foram 28. Confirma a percepção do ministro. A situação está em trajetória de pacificação. Mas, tal objetivo, por outro lado, ainda não foi obtido.
A tensão permanece, os serviços públicos estão, em parte, suspensos (UBSs e escolas). Noutra vertente, oferecidos sob escolta policial (ônibus e escolas) e, por outro lado, de forma remota (universidades). O secretário de Segurança, Coronel Araújo, também vê o “controle progressivo” da situação, mas não arrisca a cravar uma data para o fim desta guerra.