O protagonismo de Marleide
Com a articulação e liderança pessoal ostensiva da vereadora Marleide Cunha (PT), o petismo se dedica a rebaixar a vigorosa popularidade do prefeito Allyson Bezerra
Por Carlos Santos
A greve geral marcada para começar segunda-feira (26) vai colocar nas mãos do PT, de Mossoró, um mecanismo de força que a legenda há tempos lutava para ter. É a chave para lhe proporcionar o protagonismo oposicionista e busca da viabilidade eleitoral. Ou não.
Com a articulação e liderança pessoal ostensiva da vereadora Marleide Cunha (PT), o petismo se dedica a rebaixar a vigorosa popularidade do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) e a alta avaliação de seu governo. E uma greve em tom de “guerra total”, que pode se arrastar por dias ou muitas semanas, é o começo de um projeto ousado de poder.
Os envolvidos nessa disputa sabem que tirar o prefeito do patamar atual e torná-lo “derrotável”, não é uma tarefa para um ato só nem de êxito imediato. Mas, é preciso começar.
Ao mesmo tempo, com habilidade e em luta interna contra a deputada estadual Isolda Dantas (PT), líder local da sigla, Marleide vira surpresa de verdade desse estopim da corrida sucessória. Se alguém hoje pode ser apontada como o nome do PT – em Mossoró, é ela mesma.
Tratada como vereadora à reeleição, sua liderança do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) eclipsa Isolda Dantas e a torna a pessoa mais próxima de polarizar com o prefeito, aquilo que nenhum outro conseguiu até agora. Nem mesmo a ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP), que espera um “cavalo passar selado” à sua porta, como comenta aqui e ali com eleitores seus.
Com Marleide é diferente. Ela montou no próprio corcel. Saiam da frente