O jornalista é chamado para o serviço social
LIções de quem acredita no poder transformador do jornalismo, o qual abraça como “verdadeira vocação de toda vida, desde mais jovem, adolescente”
Maravilhosa a palestra sobre Jornalismo em Cuba, com jornalista e professor cubano Pedro Martínez, e seu olhar para um jornalismo de natureza social, de serviço público. O evento aconteceu no dia 17 há pouco, na Universidade Federal de Santa Catarina.
LIções de quem acredita no poder transformador do jornalismo, o qual abraça como “verdadeira vocação de toda vida, desde mais jovem, adolescente”.
Martínez nos aponta para uma perspectiva primordial do jornalismo: o seu caráter comunitário.
Enquanto, vivenciamos uma crise do jornalismo no Brasil e no mundo globalizado (crise essa baseada na reificação deste jornalismo), como modelo de negócio e focado tão somente no capitalismo, o estudante de Jornalismo cubano, após o término de sua carreira universitária, é chamado para atender a um serviço social em quaisquer que sejam os meios de comunicação.
“Há uma grande diferença entre os meios de comunicação e jornalismo entre Cuba e Brasil. Em Cuba os meios são propriedade social. Não há meios privados, não temos um monopólio”, explicou o professor.
Ou seja, são duas formas de ver o jornalismo: um a serviço do capitalismo, e o outro, como ele mesmo falou, como “propriedade social” em prol do coletivo.
Ótimo ouvir isso… E ver o jornalismo para além do capital e bem mais próximo de sua essência.
Foto: Valci Zuculoto