“O jornalismo não é. O jornalismo está sendo”
É ver o jornalismo como possibilidade e não com o olhar determinado de uma tal “crise” que não se pode mudar e que tenderia a piorar
Refletindo hoje sobre o jornalismo e seus ciclos, a partir do pensamento de Paulo Freire, me veio a sua ideia de se estabelecer fortemente uma convicção de que a mudança é possível.
É ver o jornalismo como possibilidade e não com o olhar determinado de uma tal “crise” que não se pode mudar e que tenderia a piorar.
Que sentido teria em apenas ter certezas de coisas, sem poder agir sobre elas?
Ou seja, o mesmo que constata, também pode ser o sujeito, Não é apenas um objeto. Não servimos apenas para “constatar” algo, mas para mudá-lo.
Não é papo de auto-ajuda ou aquelas frases de efeito de Facebook. É uma ação engajada e revolucionária, baseada na grandeza da utopia.
Se você não é capaz de se colocar neste âmbito, você demonstra uma posição neutra, incapaz, de uma simples aceitação. É preciso mudar isso.
Como Paulo Freire sugere: “Minha constatação não me leva à impotência”.
Se você vê o jornalismo como “em crise ou inviável”, o que está fazendo para transformar isso? Só constatar não me parece o bastante, nem producente.
Ou seja, parafraseando este grande sábio, “o jornalismo não é. O jornalismo está sendo.”