O general da tabuada
O ministro do exército brasileiro convida então o general bom de cálculo que possa arregimentar um exército capaz de derrotar o contingente venezuelano
Como sabemos os generais são chamados para conduzir guerra e o Brasil, pós-golpe, se prepara para enfrentar a tal “ditadura comunista bolivariana e chavista” de Nicolas Maduro.
O ministro do exército brasileiro convida então o general bom de cálculo que possa arregimentar um exército capaz de derrotar o contingente venezuelano.
Quem seria o melhor general para conduzir o exército brasileiro? Um capaz de desenvolver complexas equações aritméticas. Afinal, é preciso enviar uma quantidade de soldados suficiente para vencer. Quem seria?
– Vamos chamar o general da tabuada lá de Mossoró, o cara que soube atestar com exatidão o público da caravana do Lula.
Como patriota que é, o general aceita o desafio e dá início a suas complexas operações matemáticas.
800 x 100 = 8 mil, calculou ele. E mandou oito mil soldados para a guerra.
Em dois dias, todos foram trucidados, capados, esquartejados, não foram páreos para enfrentar 120 mil soldados venezuelanos. As cabeças dos soldados brasileiros foram decepadas e postas em estacas. Um massacre.
– Que porra foi essa, general? Perguntou o ministro. Traga o relatório.
E refizeram os cálculos do contingente.
– General, eram 80 mil, 80 mil!