O desfribilador da esquerda para ressuscitar Rosalba
O diapasão em Mossoró busca tornar o rosalbismo palatável para a esquerda, até então, adversária
Por William Robson
O termo “frente ampla” ganhou significado político após a união de antagônicos como Lula e Alckmin. Aqui no RN, Fátima e os Alves. O diapasão em Mossoró busca tornar a ex-prefeita Rosalba Ciarlini palatável para a esquerda antes adversária e sempre empenhada em defenestrá-la do poder mantido por décadas.
Na quinta-feira (4), a iniciativa partiu do PC do B. Aproveitou a festa de 101 anos de existência para convocar nomes da esquerda e do rosalbismo na tentativa de emplacar uma versão “frente ampla” na cidade. O rosalbismo não tem muito a oferecer, a preço de hoje, porém integrantes do campo progressista recorrem a um desfribilador político pela ressurreição do rosalbismo e, por assim dizer, de seu modus operandi de governo.
O choque gerou resultados preliminares. Ela apareceu no evento, discursou, coisa que não fazia desde que foi derrotada pelo prefeito Allyson Bezerra. O desfribilador acionado ainda possibilitou que declarasse à imprensa que crê que esta frente de oposição “pode definir um projeto de governo”, mostrando certo entusiasmo com a ideia.
Para que a prefeita caiba na proposta, o presidente local do PC do B, Paulinho Silva, tem declarado que a frente não é essencialmente de esquerda, porém, de oposição ao prefeito.
No entanto, nem todos parecem ainda convencidos de integrar a iniciativa, embora bem recebida por parte do campo progressista. A deputada Isolda Dantas mandou Plúvia Oliveira, ex-candidata a vereadora, como representante na solenidade. Ponto. Não significa, nem garante que subscreverá tal união. O vereador Tony Fernandes não compareceu, nem explicou o porquê da ausência, e a vereadora Marleide Cunha também se ausentou.
De concreto, a frente ampla, de esquerda, de oposição (como queira chamar), até aqui, serviu apenas para tentar trazer o rosalbismo de volta, ainda fortemente combalido e necessitando destes afagos.