Eleições

De onde deve partir a frente de oposição ao prefeito

O presidente do comitê local do PC do B, Paulinho Silva, usou as expressões “marasmo” e “desorganização” para definir papel do campo progressista local

Por William Robson

O “marasmo” e a “desorganização” foram as razões que levaram o PC do B em Mossoró a se erguer para liderar uma frente de oposição ao prefeito Allyson Bezerra. O presidente do comitê local do partido, Paulinho Silva, usou estas expressões  para  iniciar esta articulação aproveitando o aniversário de 101 anos da legenda.

Para ele,  falta atitude e iniciativa deste agrupamento diante das eleições do ano que vem. “Por isso, o PC do B tomou  a frente. Esse momento da quinta-feira será o primeiro passo com uma proposta de reuniões sistemáticas para amadurecermos este projeto”, disse em entrevista à Rádio 95 FM, sobre o evento de aniversário.

Até aqui, o prefeito Allyson Bezerra e seus índices de popularidade neutralizaram ações efetivas de adversários, que atuam sob perspectivas desarticuladas. A intenção do PC do B coaduna com o pensamento do presidente Lula em buscar saídas de aliança em cidades onde o seu partido, o PT, não apresenta reais chances de viabilidade no enfrentamento.

Neste caso, uma frente de oposição necessitaria de união do próprio partido do presidente, que não encontra nome de consenso, visto que a vereadora Marleide Cunha e a deputada estadual Isolda Dantas, integrantes antagônicas da legenda a nível local, se destacam, cada uma na sua, nesta cisão.

Paulinho se coloca como interlocutor na organização do campo progressista. E conseguiu arregimentar todos os vereadores de oposição no encontro alusivo ao aniversário do PC do B nesta quinta (4). As discussões, segundo ele, podem levantar candidatos e propostas para a cidade. “Isso já era para estar acontecendo desde ontem”, ressalta.