Eleições 2026

João Maia: ‘Allyson é um fenômeno e não ficará fora do segundo turno’

Deputado afirma que polarização entre PT e PL pode favorecer prefeito de Mossoró em um eventual segundo turno na disputa para governador
10 de setembro de 2025
Mix/Reprodução
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O deputado federal João Maia (PP) afirmou que o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), é hoje o nome natural da federação União Progressista (União Brasil e PP) para disputar o Governo do Rio Grande do Norte em 2026. “Allyson é um fenômeno. Ele não conhece fisicamente metade do Rio Grande do Norte, mas se você chegar lá e fizer uma pesquisa, ele lidera. Então, ele é um nome natural”, disse João, em entrevista à rádio Mix FM nesta terça-feira 9, diz reportagem do jornal Agora RN.

Para João Maia, a força eleitoral de Allyson o coloca em posição de vantagem no próximo pleito estadual. “A preço de hoje, não tem perigo de Allyson não estar no segundo turno”, declarou. Ele reforçou, no entanto, que a candidatura precisa estar amparada por um plano de governo consistente. “Se você for candidato, nós vamos trabalhar para você ganhar. Mas você não vai sentar na cadeira no dia primeiro de janeiro para descobrir o que vai fazer. Você vai executar esse programa”, afirmou.

O deputado destacou que a federação possui quatro deputados federais, dezenas de prefeitos e as prefeituras dos dois maiores colégios eleitorais do estado — Mossoró e Natal, com Allyson e Paulinho Freire. “É um grupo muito forte”, resumiu.

João Maia disse ainda que Allyson reúne um capital político raro no Estado. “Não é à toa que ele ganhou de Rosalba Ciarlini, em uma eleição inimaginável, e hoje tem 82% de aprovação em Mossoró. Alguma inovação na administração ele tem”, avaliou.

Apesar do favoritismo apontado nas pesquisas internas, João Maia lembrou que ainda há indefinições no campo da centro-direita. Ele citou as pré-candidaturas do senador Rogério Marinho (PL) e do ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos).

O deputado também comentou as recentes declarações do senador Styvenson Valentim (PSDB), que cogitou disputar o governo caso Rogério Marinho não seja candidato. “Com todo respeito por Styvenson, eu acho que ele faz mais bem ao Rio Grande do Norte sendo senador”, afirmou.

O deputado disse que a polarização entre PT e PL pode favorecer Allyson em um eventual segundo turno. “O pessoal do PT não vota em Rogério. O pessoal de Rogério não vota no PT. Isso favorece Allyson”, declarou.

Para João Maia, o maior desafio é transformar esse capital político em projeto de Estado. “Eu não gosto da palavra renovação, porque às vezes a gente renova para pior. Eu gosto mais de inovação. Allyson tem uma gestão inovadora em Mossoró. Agora, é preciso que, se for candidato, ele chegue pronto para executar um programa, não para descobrir o que fazer no dia da posse”, disse.

Questionado sobre a possibilidade de união já no primeiro turno, João Maia disse que trabalha pela convergência, mas que respeita a autonomia dos partidos. “Eu sou líder do meu partido, eu não sou dono do meu partido. Eu tento convencer, não imponho. Mas essa polarização não interessa ao povo do Rio Grande do Norte”, completou.

O parlamentar afirmou ainda que negocia com várias lideranças para fortalecer a federação e ampliar apoios. Ele citou conversas com os deputados federais já filiados à sigla e conversas para filiação de outros nomes, como o ex-deputado federal Rafael Motta. “Eu não desisti de unir, porque o Rio Grande do Norte está precisando disso”, concluiu.