Vexame

Intervenção psiquiátrica à “rebelião golpista” de Mossoró

Com figurinos característicos dos bolsonaristas, alguns querendo parecer herois ao usarem a bandeira como capa, protagonizaram a cena mais tosca e bizarra do ano

Por William Robson

A palhaçada mossoroense ganhou o mundo. O influenciador Felipe Neto aproveitou o vídeo que correu as redes sociais em que mossoroenses dão voltas em frente ao Tiro de Guerra da cidade, marchando e batendo continência. Era a manifestação golpista, antidemocrática daqueles que não aceitaram o resultado soberano das urnas.

Com figurinos característicos dos bolsonaristas, alguns querendo parecer herois ao usarem a bandeira como capa, protagonizaram a cena mais tosca e bizarra do ano. O vexame foi gravado, repercutido e noticiado.

É preciso dar o nome a manifestações como esta, camufladas de “liberdade de expressão”. Negar o resultado das urnas, pedir intervenção de qualquer natureza ou criar instabilidade é crime. Claro que três dezenas de palhaços criaram somente instabilidade na porta de entrada do TG, sob olhares de jovens alistados, e, por óbvio, nas redes sociais – aí, sim para servirem de vergonha.

As cenas histriônicas são de, na real, um flagrante de delito e aqueles “patriotas” de araque, conduzidos em piruetas como numa realidade paralela à la Jim Jones, precisam ser levados em conta quanto a isso e, também, como um caso coletivo de intervenção psiquiátrica, como também sugeriu o Felipe Neto.