Trama golpista

Dois momentos esdrúxulos de Rogério sobre a denúncia da PGR

O líder da oposição no Senado tem protagonizado situações inusitadas ao tentar argumentar

Imagem: Parlamentares da oposição durante o Manifesto em Defesa da Democracia e da Liberdade do Brasil, nesta quarta, 19 (Divulgação)

 

Por William Robson

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL), tem protagonizado situações inusitadas ao tentar argumentar quanto às denúncias da Procuradoria-Geral da República sobre as tramas golpistas que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas. Mas, duas chamam a atenção.

Na primeira, Marinho joga dúvidas sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), que recebeu a denúncia da PGR. Para ele, a corte julgará Bolsonaro “como em uma câmara de gás” e que não está tendo a garantia de duas instâncias recursais. “Ele vai ser julgado como em uma câmara de gás. Não vai ser julgado sequer pelo Pleno. E está sendo julgado por um juiz que declaradamente é seu inimigo, seu adversário, e que seria alvo dessa trama. Então nós achamos que é evidente que esse jogo já está jogado”, afirmou em entrevista ao jornal O Globo.

Noutra situação, quando parlamentares lançaram um Manifesto em Defesa da Democracia e da Liberdade do Brasil, Marinho fez uma relação entre a denúncia de trama golpista com as discussões levantadas pela extrema direita sobre a legitimidade das urnas.  O senador afirmou que Bolsonaro não estaria cometendo crime por exigir maior lisura das urnas.  A denúncia da PGR não se trata disso.