Foro de Moscow

Carlos Eduardo dá o tom de como enfrentará Rogério Marinho

“Estou preparado para a campanha. O meu adversário tem muitas dificuldades, a partir da reforma trabalhista”, afirmou o ex-prefeito e que provavelmente será o candidato de Fátima ao Senado

Por William Robson

Se não houver uma catástrofe, o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, será o nome da governadora Fátima Bezerra para concorrer ao Senado. Ele mesmo confirma isso. “Está encaminhado”, foi o que afirmou ao programa Foro de Moscow desta terça-feira (16). Ou seja, não há maiores novidades em torno disso, nem como vai se comportar como candidato para enfrentar o seu principal adversário até aqui: o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

Marinho é aquele personagem defenestrado da política potiguar na última eleição. Na esteira da reforma trabalhista que neutralizou com os direitos dos trabalhadores e ressoa hoje com a precarização e mais de 15% de desempregados, coloca seu nome à disposição do potiguar mais uma vez. Quer ser eleito no Estado que tem ojeriza ao presidente Jair Bolsonaro, seu principal fiador. É aí onde  Carlos Eduardo tende a levar vantagem. E, mesmo não anunciado oficialmente, já fala como candidato e dá o tom do enfrentamento.

“Estou preparado para a campanha. O meu adversário tem muitas dificuldades, a partir da reforma trabalhista”, afirmou. “Foram mudados cem artigos da CLT, cujo relator foi o Rogério Marinho. Mas, tem um que quero destacar, relativo às mulheres. Rogério fez com que as mulheres, em período de amamentação, fossem submetidas a trabalhar em atividades insalubres. Está na reforma de Rogério Marinho. Isso é uma perversidade. E vai para a discussão nesta eleição”.

Para Carlos Eduardo, o tema envolve os trabalhadores potiguares e não pode ser descartado. “Esta reforma trouxe sérios prejuízos a povo brasileiro”, disse.

Sobre a aliança com Fátima, o ex-prefeito relembra a sua relação com a governadora, que não deve ficar restrita ao embate de 2018. E que, embora tenha havido diferenças ao longo do percurso, não foram danosa como a ação do ministro de Bolsonaro.

“Quero dizer o seguinte: as pessoas questionam que eu e Fátima estávamos, em 2018, em lados opostos. Sim, divergíamos. Mas, temos um passado: ela votou duas vezes em mim para prefeito de Natal. Foi minha candidata a prefeita de Natal também. Votei três vezes em Lula e duas vezes em Dilma. Então, as minhas divergências com Fátima não fizeram nenhum mal a nenhum norte-riograndense. Mas, a reforma trabalhista de Rogério Marinho fez muito mal ao povo do Rio Grande do Norte. Isso, sim, é que são diferenças”.