Golpe de 2016
Caiu a ficha de um futuro incerto. Acordaram do limbo
Como se a ficha tivesse caído depois de contribuir para a larga campanha fascista que culminou neste momento que estamos enfrentando, com um forte amparo de um poderoso consórcio jurídico-midiático
Percebo que algumas pessoas que jamais comentavam sobre política em minhas redes sociais, ou quando faziam, repetiam o que a mídia normalmente divulgava tal um estudante da sexta série, agora se colocam revoltadas com o que está acontecendo no país.
Gente postando fotos do tempo da ditadura, abolindo de sua rede os amigos do Bolsonaro, desesperançosa com o futuro.
Gente também que engrossava o coro da Direita, reclamando o tempo todo da luta, sem enaltecer os direitos e conquistas e nem o legado dos governos progressistas, agora está apreensiva.
Como se a ficha tivesse caído depois de contribuir para a larga campanha fascista que culminou neste momento que estamos enfrentando, com um forte amparo de um poderoso consórcio jurídico-midiático.
Uma coisa muitos de vocês precisam reconhecer: não foi por falta de aviso.
Aguardem por dias cruéis, como eles dizem “impopulares” e, se você não for integrante da aristocracia, pode ter certeza que estará me acompanhando por dias incertos e jamais favoráveis num provável governo Temer.
Como sabemos, vocês foram conduzidos por um discurso simbólico de combate à corrupção que agora parece não fazer mais sentido.
Não se fala mais no assunto, Cunha terá sua “anistia”, a Lava Jato termina em dezembro (segundo o Moro) e a mídia passa a falar da mulher bela, recatada e “do lar” do provável presidente Temer.
Ou seja, o Brasil sai de uma Botsuana, de uma Papua Nova Guiné para uma Suiça na rapidez de um telejornal da Globo.
O problema, como sabemos, era a insanidade do antipetismo.
E foi agora que você percebeu, depois do estalar de dedos e de acordar do limbo?