As primeiras tarefas do mossoroense que compõe a equipe de transição de Lula
Antes mesmo de ver o seu nome publicado no Diário Oficial da União, Florentino Júnior já estava se reunindo com outros jovens arrolados para debater as políticas a serem implementadas pelo novo Governo
Por William Robson
Não por acaso, Nilson Florentino Júnior foi escolhido para compor a equipe de transição do Governo Lula no grupo de trabalho dedicado à juventude. Ele tem forte fortes ligações com o PT, onde é secretário nacional da Juventude e atua neste setor no Governo de Fátima Bezerra. Ou seja, tem experiência atestada e, prestes a viajar para Brasília na semana que vem, já levará na bagagem as primeiras atribuições do seu superior, o ex-ministro Aloízio Mercadante.
Florentino é o único mossoroense de uma comitiva que inclui outros quatro potiguares. Antes mesmo de ver o seu nome publicado no Diário Oficial da União, se reunia com outros jovens arrolados para debater as políticas a serem implementadas pelo novo Governo. “Muitos temas têm a ver com a revogação de políticas que prejudicaram a juventude e que estamos avaliando. O resultado não quer dizer que se transformará em programa de Governo”, adiantou Florentino, em entrevista ao Foro de Moscow desta quinta-feira (17).
Os primeiros encontros estão ocorrendo de forma remota e via whatsapp. “O trabalho de nossa comissão, no entanto, se dará de forma presencial em Brasília. Lá vamos nos encontrar com os servidores de carreira do Governo Federal que vão acompanhar e nos auxiliar”, explicou.
Antes que isso ocorra, Mercadante apresentou as primeiras missões para Florentino e seu grupo. No primeiro momento, a elaboração de um dignóstico a ser entregue para o conselho político até o dia 30 de novembro. Em seguida, o relatório final com sugestões e medidas de revogação do governo Bolsonaro.
Entre as tais medidas, estão políticas que atingiram fortemente os jovens, como a desarticulação do Sistema Nacional da Juventude, o que impediu ações sociais para o setor nos municípios, além de projetos relacionados ao emprego. Para Florentino, a carteira verde e amarela não facilitou o acesso do jovem ao mundo do trabalho, mas ampliou o subemprego. “Outra discussão que teremos, sob a perspectiva de revogação, gira em torno do decreto que desmontou o programa de aprendiz e do estágio”, adiantou.
“Portanto, será uma elaboração do diagnóstico atual, e apresentar um relatório buscando demonstrar que a juventude não é uma pauta isolada Está dentro de áreas variadas como Educação, Saúde, Segurança Pública… Estes setores dialogam entre si”, explicou. “Quando falamos no fortalecimento do Sisu, do Enem, do Prouni, do Fies, as universidades, por exemplo, têm tudo a ver com os jovens. São estas as políticas intersetoriais”.