Opinião

A visita do Bolsonaro réu ao RN

Prestes à condenação, ex-presidente jogará o seu potencial político a Marinho

Por William Robson

Enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro se esperneava após a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiu, por unanimidade, receber denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) e torna-lo, além de outros sete acusados de tentativa de golpe, o senador Rogério Marinho (PL) se colocava como papagaio de pirata.

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Acompanhava como carpideira as lamentações do seu antigo chefe, a quem ainda venera. Marinho se apresenta como aspirante a candidato ao Governo do Estado e até mesmo abriu uma espécie de turnê do seu partido pelo RN com o nome de Rota 22.

Já  como réu na tentativa de golpe, Bolsonaro afirmou que voltará para o RN. “Eu vou estar no mês que vem no Rio Grande do Norte com o senador Rogério Marinho, como já estive outras vezes depois das eleições. O tratamento é excepcional”, afirmou na coletiva, sob a trilha sonora da marcha fúnebre do trompetista.

Prestes à condenação, Bolsonaro jogará o seu potencial  político a Marinho, que, por sua vez, aproveitará o ensejo por novos apoios e filiações.