Ciência

A visão estereotipada de ciência pela Globo

A visão estereotipada da ciência é restrita e compara a ação do pesquisador como a do entusiasmado Franjinha

A perspectiva de ciência da Globo, demonstrada em reportagem do Fantástico de ontem, é a do senso comum: a do laboratório e da figura do “cientista” – cuja profissão não existe no Brasil.

A visão estereotipada da ciência é restrita e compara a ação do pesquisador como a do entusiasmado Franjinha.

As linguagens, os estudos econômicos, a questão da violência que desafia a Sociologia, a filosofia e os dilemas, a ciência política e a pedagogia que organizam a vida, a comunicação que gera esse debate, há uma complexidade sequer mencionada.

O corte de 40% na ciência atingiu todas as áreas do conhecimento, relevantes e imprescindíveis para a sociedade, afetando universidades, financiamentos, bolsas e pesquisas.

Ou seja, é mais grave do que se sugere. E mais ainda quando a pauta sequer está a par das atribuições científicas como um todo.

A ignorância sobre esta tragédia golpista, contada pela metade, apenas expõe o quanto algumas áreas menos privilegiadas pela política científica são importantes quando precisam ser acionadas.