Eleições

A provável união de Isolda, Rosalba e Tony

Há quem acredite numa fragmentação devido à incompatibilidade de nomes deste segmento. Por outro lado, há quem ouse afirmar em uma unificação até então improvável

Por William Robson

A oposição pode chegar dividida nas eleições do ano que vem? Há quem acredite numa fragmentação devido à incompatibilidade de nomes deste segmento. Por outro lado, há quem ouse afirmar em uma unificação até então improvável. E isso pode se configurar com a deputada estadual Isolda Dantas, a ex-prefeita Rosalba Ciarlini e o vereador Tony Fernandes em um mesmo palanque.

Não parece impossível, apesar de pouco palatável. Rosalba sempre foi a adversária principal  e histórica de Isolda, nunca cogitando qualquer união. Desta vez, desconcerta a cabeça da militância ao abrir caminho para a mistura do óleo e da água. “Estamos dialogando com todos. Já deixei claro ao PT que meu nome é o da abertura para o diálogo, ou seja, estou disposta a dialogar com todos os outros grupos de oposição”, afirmou Isolda, em recente entrevista ao Jornal de Fato.

Outra conversa, embora constantemente negada, já ocorria nos bastidores entre Tony e o rosalbismo. Inclusive o candidato a vice na chapa rosalbista na última eleição, o empresário Jorge do Rosário, abriu as portas do Avante para o vereador. Ou seja, há um movimento na oposição de se fortalecer para tentar vencer o prefeito Allyson Bezerra e sua alta popularidade, colocando Rosalba e o PT no mesmo ambiente.

Na verdade, este ambiente já existe. Na semana passada, o grupo rosalbista acomodou aliados no Governo Fátima: o ex-secretário João Henrique Maia assumiu o Instituto de Pesos e Medidas do RN.  Sem falar que Rosalba anunciou apoio à Fátima e participou de eventos ao lado da governadora em Mossoró.

Agora, Rosalba reapareceu na convenção estadual do Progressistas, dando sinal de que quer voltar à política após o mergulho. Não se sabe ao certo se o nome principal desta união com o PT e com a oposição será o dela. Isolda também não confirma sua candidatura, diante da afirmação de que seu nome foi lançado, não de que “se lançou candidata”. Tony tenta se viabilizar, talvez esperando que ambas possam vê-lo como uma alternativa menos surreal a ressuscitar o grupo familiar que dominou a cidade por décadas.