Veto

A imposição deselegante da assessoria de Fátima à imprensa

Vale ressaltar que o tratamento de assessoria do Governo com os jornalistas nunca foi dos melhores

Por William Robson

O radialista Joãozinho GPS, da Rádio Difusora, preparava-se para fazer algumas indagações à governadora Fátima Bezerra, porém, foi frustrado. Houve uma orientação por parte da assessoria de comunicação do Governo de que perguntas embaraçosas, fora do contexto do evento no qual ela participava, não deveriam ser feitas.

Fátima esteve em Mossoró na terça-feira (21) para participar da abertura do Mossoró Oil & Gas Expo 2023, na Expocenter. O tratamento de assessoria do Governo com os jornalistas nunca foi dos melhores. Muitas reclamações sobre a conduta. Agora, a situação chegou ao ponto da tentativa de cerceamento.

O jornalista Carlos Santos repercutiu o momento em que, ao menos, dois  casos de jornalistas se rebelaram à orientação. Um, da radialista Elizângela Moura, da 95 FM, que levantou questões sobre o desabamento de parte da estrutura do Centro AdministrativoIntegrado Diran Ramos do Amaral, onde funciona a rodoviária. A pergunta, à queima-roupa, incomodou, mas a governadora respondeu com a promessa de concessão da estrutura.

Outro, Joãozinho GPS não aceitou a imposição e recusou a entrevistar a governadora. “Achei melhor deixar para fazer perguntas sobre assuntos que estão preocupando a população, como a falta d’água na cidade, noutro momeno”, disse.

Joãozinho tinha perguntas exorbitantes às que foram “orientadas” pela assessoria do Governo. A tentativa de blindagem não foi uma atitude sensata dos assessores de Fátima, que fugiu das respostas. Ou melhor, não deu tempo de fugir. As perguntas sequer foram feitas.