Na semana em que marcou os 61 anos do Golpe Militar no Brasil, a Escola Superior de Agricultura (ESAM, atual Ufersa) e a Universidade do Estado do RN (Uern) entraram na pauta. O professor e procurador da República, Emanuel Melo, resgatou relatório que não livrou estas instituições da espionagem da ditadura via Serviço Nacional de Informações (SNI).
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Durante audiência pública na quarta-feira 2, Emanuel expôs documentos do Arquivo Nacional que revelaram o monitoramento constante contra membros da comunidade acadêmica durante o regime militar. São registros de vigilância na Semana de Filosofia da Uern e, na Esam, através de acompanhamento da atuação do movimento estudantil.
O chefe do Departamento de Filosofia da Uern, professor Francisco Ramos, lembrou quando o SNI oficiou o departamento sobre um evento acadêmico na Uern, em 1982. Por sua vez, o professor João Batista Xavier, vítima da repressão, precisou dar aulas sobre movimento sindical na clandestinidade.
Ou seja, havia a necessidade de controle da produção científica e do debate político no âmbito acadêmico por parte dos militares. Hoje, ambas as instituições rememoram os períodos tenebrosos através de novas pesquisas e reflexões sobre a justiça e a verdade.