A crítica de Dino à “violência política” no RN
Ministro tratou na entrevista que o RN enfrenta dois tipos de violência
Por William Robson
O ministro da Justiça, Flávio Dino, está no RN para reforçar o apoio do Governo Federal à série de ataques de facções criminosas no RN. Chegou no domingo (19) à noite e logo concedeu entrevista sobre o caos vivido no Estado. São mais de 200 ataques registrados em 49 cidades até agora. Embora os números sejam expressivos, as ações tomadas a nível federal, em coordenação com as forças estaduais de segurança, apontam para uma onda decrescente das investidas criminosas.
Dino tratou na entrevista que o RN vive dois tipos de violência: uma física e a outra política. Esta última está relacionada com a imbricação de informações falsas propagadas nas redes com o apoio de representantes potiguares da extrema-direita, que flanam sorridentes da situação.
Os opositores à governadora Fátima Bezerra arremessam coquetel molotov político em um panorama grave, quando poderiam se dispor. De pedido de impeachment da governadora, encabeçado pelo deputado federal Sargento Gonçalves (PL) à instalação de uma GLO (operação de garantia da lei e da ordem), enviado sexta-feira (17) a partir de um requerimento do senador Styvenson Valentim (PODEMOS), as iniciativas tentam fragilizar o Governo e o Estado no momento em que é preciso união.
Quanto à intervenção de Styvenson, Dino ressaltou que as Forças Armadas “são uma espécie de remédio extremo”. “Objetivamente, nós temos uma crise ascendente no RN? Não. Temos neste momento uma crise que está em processo de controle, que deriva de razões estruturais que vem de longa data”, afirmou, acrescentando o anúncio de investimentos na área de segurança no Estado.
“Forças Armadas não integram a segurança pública e às vezes por razões ideológicas, apenas, ou da violência política, há uma fantasia sobre GLO”, comentou.
Nesta segunda-feira (20), o ministro deve detalhar sobre a intenção do Governo Federal de envio imediato de verbas já disponibilizadas pelo Ministério da Justiça para o incremento da estrutura de Segurança Pública do RN.