O rosalbismo caminha para apoiar Fátima?
Apoiar Fábio Dantas é reforçar o agrupamento em que o prefeito Allyson Bezerra faz parte. A questão é que o rosalbismo tem pouca margem de manobra para alianças
Por William Robson
Desde que o Progressitas foi pressionado para que se alinhe com o Solidariedade, o rosalbismo encontra-se em situação delicada. Em baixa, desde que perdeu a Prefeitura de Mossoró para Allyson Bezerra, vem percebendo a erosão do seu capital eleitoral, bem como a perda de autoridade em seu partido.
O deputado federal Beto Rosado nada pôde fazer a não ser aceitar a determinação para que o PP ceda o espaço de TV para o ex-ministro Rogério Marinho e o ex-vice-governador Fábio Dantas, pré-candidato ao Governo pelo Solidariedade. Ambos integram a mesma chapa majoritária.
“O partido que ele representa, o Solidariedade, não é amistoso para com o Progressistas. Não tenho incentivo a apoiar um projeto do Solidariedade no Rio Grande do Norte”, disse Beto, em entrevista em maio, sobre a possibilidade de união com o Solidariedade. O deputado apoia Rogério, não Fábio Dantas.
As razões são simples. O rosalbismo é adversário do Solidariedade em Mossoró. Apoiar Fábio Dantas é reforçar o agrupamento em que o prefeito Allyson Bezerra faz parte. A questão é que o rosalbismo tem pouca margem de manobra para alianças.
A derrota para Allyson ainda ressoa na cabeça dos rosalbistas. Por esta razão, qualquer acordo está descartado. Apoiar o PT seria a última das alternativas, mas ao que tudo indica, o rosalbismo pode engolir o orgulho de décadas de ojeriza ao Partido dos Trabalhadores e colocar o botton de Fátima Bezerra no peito. E não será Beto que fará esta costura. Será Jorge do Rosário (Avante).
Até sexta-feira (29), o partido vai anunciar o seu apoio. Tudo indica que estará ao lado de Fátima. O rosalbismo tende a caminhar junto nessa. Indiretamente, o vereador Francisco Carlos – um dos expoentes rosalbistas – abriu mão de disputar as eleições este ano para apoiar Jorge do Rosário,. Gravou vídeo e publicou nas redes sociais. Francisco Carlos não tomou a decisão sem antes consultar o grupo do qual faz parte. E isso já quer dizer muita coisa sobre o destino humilhante do rosalbismo.