Agora, o palhaço Babalu é oficialmente nosso
Paraibano se confunde com a cultura de Mossoró há muitos anos, desde 1992, quando seu circo foi fundado e percorreu várias cidades brasileiras. E, nesta segunda, recebeu o título de cidadania na Câmara
Por William Robson
A Câmara de Mossoró realizou uma sessão solene nesta segunda-feira para homenagear pessoas em reconhecimento ao trabalho por Mossoró. Todos receberam medalhas, títulos de cidadania e outras honrarias, a partir de requerimentos dos veredores. O evento integrou a programação oficial dos festejos da padroeira de Mossoró, Santa Luzia. Um dos homenageados foi o Acadias Alves Basílio, que pelo nome de batismo não é tão conhecido. Se falar que se trata do palhaço Babalu, todo mundo vai conhecer de primeira.
O vereador Wíginis do Gás (Podemos) foi o responsável pelo tributo para aquele que é paraibano de Sousa, mas que a partir de agora também é mossoroense. Recebeu o título de cidadania.
Babalu se confunde com a cultura de Mossoró há muitos anos, desde 1992, quando seu circo foi fundado e percorreu várias cidades paraíbanas, cearenses, potiguares e de outros Estados. Em Mossoró, ganhou destaque e foi abraçado por todos. Seu circo chegou a ser cenário para as festas grandiosas do colunista Chrystian de Saboya nos anos 90, que retribuiu a gentileza com a reforma da tenda e dos traillers.
“Chegou o dia em que o palhaço Babalu recebeu o tão merecido título de cidadão mossoroense. Natural de Souza na Paraíba, nasceu Acadias Alves Basílio, mas nos encantou como o palhaço Babalu. Há 32 anos mora em Mossoró e faz parte da arte e cultura popular da nossa cidade”, disse o vereador Wígiis, em suas redes sociais.
Acadias deu vida ao palhaço Babalu em 10 de março de 1989 em sua cidade-natal, mas efetivamente começou com seu circo três anos mais tarde, na antiga comunidade das Malvinas, hoje o bairro Nova Vida, em Mossoró. O itinerário do seu circo praticamente passou por toda a cidade. No entanto, mais recentemente e como todo artista, sentiu o peso da pandemia e das atividades que tiveram de ser interrompidas.
Babalu relatou o seu drama nas redes sociais, no ano passado: “Peço a atenção de todos vocês de todo coração. Vamos dar apoio ao circo. Se tiver um circo na sua cidade, prefeito, vereadores governadores e até a ministros, nos ajude no que for possível, porque está sendo um momento muito difícil para todos nós”. Ele precisou ficar na Paraíba, em Patos, sem condições de retornar a Mossoró no período. “Infelizmente tivemos que fechar as portas, neste período de pandemia”, relembra do episódio. O circo retomou está retomando seus espetáculos.
Wiginis destacou a importância do papel cultural que desenvolve na cidade há anos e das dificuldades que passou neste período. “É hora de reconhecer quem é do povo, quem mesmo com pouco recurso consegue levar alegria a todos. E que muitas vezes é esquecido. Parabéns Babalu!”, afirmou. Agora, mais do que nunca, o palhaço Babalu é nosso.