Emery Costa é citado em dossiê dos jornalistas brasileiros mortos por Covid
O estudo “Jornalistas vitimados por Covid-19” demonstra que entre abril de 2020 e março de 2021, a pandemia matou 169 profissionais do jornalismo. Dois deles são do Rio Grande do Norte
O dossiê da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) divulgado nesta quarta-feira (7), quando foi celebrado o Dia do Jornalista, aponta que o Brasil é o país com o maior número de jornalistas mortos vítimas de Covid-19.
O estudo “Jornalistas vitimados por Covid-19” demonstra que entre abril de 2020 e março de 2021, a pandemia matou 169 profissionais do jornalismo. Dois deles são do Rio Grande do Norte e foram citados no documento, entre eles o jornalista Emery Costa, com atuação em veículos de imprensa em Mossoró.
Emery morreu aos 74 anos no dia 1º de maio de 2020. O outro potiguar citado no dossiê é o jornalista e colunista social Paulo Macêdo, 88 anos, que faleceu em 5 de julho do ano passado.
O jornalista mossoroense foi lembrado como o 9º do país vítima da pandemia. A sobrinha dele lembrou do tio em depoimento ao site Inumeráveis, que cataloga histórias de vítimas da pandemia.
“O rádio sempre foi sua paixão, locutor, colunista, jornalista talentoso e respeitado. Deixa seu legado e muitas saudades aos que o admiravam! mery nasceu em Mossoró (RN) e faleceu em Natal (RN), aos 74 anos, vítima do novo coronavírus”, diz o registro.
Já a morte de Paulo Macedo entrou na lista de suspeitos por covid-19, mas no atestado de óbito a causa foi insuficiência respiratória. Ainda assim, até hoje a família ainda não tem certeza. Filho do jornalista, o advogado e escritor Miguel Dantas conta que Paulo foi internado no hospital Memorial após fraturar o fêmur num acidente doméstico. A cirurgia, realizada numa quinta-feira, foi considerada um sucesso pelos médicos, que estimaram alta hospitalar no domingo.
Diante da situação, o Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte vai reivindicar junto à secretaria municipal de Saúde de Natal prioridade para os jornalistas da capital na fila de vacinação contra a covid-19. A entidade não possui dados sobre contaminação entre profissionais da categoria. Não há manifestação deste sentido envolvendo os jornalistas de Mossoró.