Crianças podem sofrer a síndrome da cabana no retorno às aulas
A volta às aulas após isolamento social vai exigir de pais e alunos uma série de adequações em comportamentos que as crianças e adolescentes ainda não estão acostumados
Em alguns estados e municípios o retorno às aulas presenciais já aconteceu. Em Mossoró ainda não, mas pais, alunos, professores e a sociedade como um todo se preparam para este retorno, que será cercado de novos costumes e cuidados.
A volta às aulas após isolamento social vai exigir de pais e alunos uma série de adequações em comportamentos que as crianças e adolescentes ainda não estão acostumados. O distanciamento social dentro do ambiente escolar será um deles. Muitas as atividades que os pequenos mais gostam de fazer na escola não poderão mais ser praticadas, devido aos cuidados contra a transmissão do novo coronavírus.
Segundo o psicólogo do Hapvida, Carol Costa Júnior, é comum que depois de um longo tempo de distanciamento social, como o que está sendo vivido por causa da pandemia da Covid-19, as crianças estranhem o retorno ao seu ambiente de antes.
“É comum indivíduos que precisam fazer retiros, se isolar, ficando muito tempo distantes, voltarem sentindo uma certa resistência a se enquadrar de novo nos padrões. É o que chamamos de síndrome da cabana. isso acontece também com as crianças”, explica o psicólogo. Não significa, porém, que qualquer desconforto com a ideia de sair de casa nesse momento se enquadre na Síndrome da Cabana.
Como modo de auxiliar as crianças às novas rotinas e costumes do convívio escolar, que serão introduzidos no retorno às aulas presenciais, ele explica que pais e professores podem conversar abertamente com as crianças “fazendo com que elas façam parte da luta”, conclui.