Por que a Havan em Mossoró ficou apenas na promessa?
Secretário de Desenvolvimento Econômico explicou que, mesmo assim, tentou contato com a diretoria da Havan. Afinal, se houve interesse em edificar uma filial na cidade, seria importante compreender as razões do revés
Por William Robson
Se você estava aguardando a inauguração da loja da Havan em Mossoró, seja para comprar ou para trabalhar, tudo parece ter mudado de figura. No final de outubro do ano passado, o gerente de expansão da empresa, Nilton Hang, esteve na cidade para a anunciar a boa-nova. Mossoró estaria dentro de um rol com outras 21 cidades a receber a loja de departamentos.
Logo em seguida, o diretor da empresa, Luciano Hang, o sujeito que se veste como o Zé Carioca, se encontrou com a então prefeita Rosalba Ciarlini. A certidão de Uso e Ocupação do Solo foi liberada, assim como o alvará da construção. Tudo indicaria que a loja se instalaria no terreno já escolhido, na avenida João da Escóssia, próximo ao Partage Shopping.
O tempo foi passando, a gestão do município mudou e pouco avançou o projeto da Havan. Claro que existia uma expectativa e, ao mesmo tempo, uma dúvida. Mossoró sempre recebeu promessas de instalação de empresas durante o período eleitoral. Quem não lembra da fila que contornou o quarteirão para a entrega de currículos para a suposta reabertura da Porcelanatti?
Claro que a decisão de instalação de uma empresa cabe ao dono, não à prefeitura. Esta confere as condições para tal. E ao que parece, a Havan ficou apenas na promessa. “Para ser bem honesto, o que temos é apenas uma alvará vencido”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico do Município, Franklin Filgueira, em entrevista ao programa online Foro de Moscow. “Não existe nenhum documento formal desta empreitada por aqui”.
Franklin explicou que, mesmo assim, tentou contato com a diretoria da Havan. Afinal, se houve interesse em edificar uma filial na cidade, seria importante compreender as razões do revés. “Nós queremos trazer este empreendimento para Mossoró. Fui atrás disso por ordem do prefeito. Temos de atrair investimentos para cá, porque estamos preocupados com a nossa economia”, explicou.
Veja trecho da entrevista:
Segundo o secretário, a situação financeira encontrada pela atual gestão impossibilita a capacidade de investimento público, fazendo com que os empreendimentos sejam incentivados com o aporte privado. “Inclusive, estamos trabalhando em três importantes projetos que, muito em breve, a comunidade mossoroense vai tomar conhecimento. Precisamos anunciar quando tivermos segurança”, disse.
No caso da Havan, sem a manifestação da diretoria neste ano de nova gestão, não há qualquer prazo ou perspectiva de que a loja venha para cá. Das 21 cidades que receberiam filial da Havan, até agora, duas foram concretizadas: Teresina (PI), inaugurada no dia 27 de abril, e Osasco (SP), no dia 29. Resta saber se o empresário pisou no freio em seu projeto de expansão.