Educação

O documento em que Allyson pede ao sindicato o fim da greve

Paralisação dos professores chega aos 50 dias em meio a impasse e risco de judicialização

[ATUALIZADO às 9h13]
Imagem principal: Mobilização dos professores em frente à Prefeitura na manhã desta sexta-feira (14) (Foto: redes sociais)

Por William Robson

A greve dos professores chega aos 50 dias em meio ao impasse. Não há entendimento aparente sobre a questão quanto ao pagamento do piso da categoria. A rigor, a Prefeitura de Mossoró já cumpre com o exigido por lei, ou seja,  nenhum docente deve receber menos que R$ 4.420,55. O piso em Mossoró, segundo a prefeitura, é de R$ R$ 4.916,65. O Sindicato dos Servidores Municipais (SINDISERPUM) diz que não, porque há outro elemento a ser considerado: o Plano de Cargos e Salários.

O documento enviado ao Sindiserpum. Baixe e veja em PDF

O sindicato busca um reajuste para além do piso. A Prefeitura apresentou levantamentos que apontam para a inviabilidade da demanda por questões orçamentárias. Outros pontos elencados pelos professores foram colocados à mesa. Onze ao todo. Tudo emperra neste imbróglio.

A nível de Estado, o Governo reconheceu haver pouco mais de dois mil professores que recebem abaixo do piso e que passarão a ser compensados a partir deste sábado (15). No Município, tal distorção é inexistente. O Governo ofereceu um reajuste salarial para aqueles que ganham acima do piso, o que motivou o encerramento da greve. Em nível local, o reajuste é uma reivindicação adicional que esbarra no orçamento com consequências de judicialização.

Para que não alcance tal fim, o prefeito Allyson Bezerra decidiu enviar documento para o sindicato onde solicita audiência dos professores para apreciar os 11 pontos e o retorno às aulas. “Permanecemos abertos ao diálogo e à construção coletiva”, disse o prefeito no documento, sugerindo apreciação da assembleia até esta sexta-feira (14).Representantes do sindicato não aceitaram a proposição.  Uma mobilização foi realizada em frente ao Palácio da Resistência na manhã desta sexta-feira (14). Manifestantes expuseram cartazes e voltaram a pedir o cumprimento do piso.

 

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