Na TV, Dilma vai relembrar papel de Carlos Eduardo contra o impeachment
Assessores ligados a Carlos Eduardo adiantaram que a ex-presidente gravará um dos programas no horário eleitoral no rádio e na TV
Por William Robson
O candidato ao Senado, Carlos Eduardo (PDT) tem revelado a seus interlocutores que a pesquisa do Ipec, divulgada na semana passada, e que o coloca a dez pontos de vantagem em relação ao ex-ministro Rogério Marinho (PL), alivia as tensões que vinham avançando no grupo. Porém, o sinal de alerta segue aceso.
Carlos Eduardo acredita que o desempenho desta pesquisa se refletirá em outros institutos com o início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, marcada para começar nesta sexta-feira (26) e que, segundo analistas, terá maior peso no pleito deste ano se comparado com eleições anteriores. E para isso, contará com o apoio de nomes importantes que passarão por seus programas, entre eles, o da ex-presidenta Dilma Roussseff.
Assessores ligados a Carlos Eduardo adiantaram que a ex-presidente gravará um dos programas relembrando o papel de Carlos Eduardo, então prefeito de Natal, na luta contra a sua deposição. Na peça, o episódio será lembrado e Carlos Eduardo citado um dos poucos prefeitos de capitais que foram contra o impeachment, inclusive oferecendo seu apoio direto no dia da votação, quando esteve em Brasília com esta finalidade.
Em 2015, o então prefeito de Natal subscreveu uma carta em apoio à Dilma ao lado de Carlos Enrique Franco Amastha (Palmas), Clécio Luís Vilhena Vieira (Macapá), Eduardo Paes (Rio de Janeiro), Alcides Bernal (Campo Grande), Paulo Garcia (Goiânia), Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra (Fortaleza), Edivaldo Holando Junior (São Luís), Fernando Haddad (São Paulo), José Fortunati (Porto Alegre), Marcus Alexandre (Rio Branco), Gustavo Fruet (Curitiba), Luciano Cartaxo (João Pessoa), e Teresa Surita (Boa Vista).
Caso a ex-presidenta grave este programa, será um instrumento importante para a campanha de Carlos Eduardo, sobretudo, na intenção de convencer parte da militância do PT que está migrando para Rafael Motta, que teve postura antagônica ao do ex-prefeito no período do impeachment.