A impressão que a bancada de oposição tem de Marinho
Estreante no Senado, um dos homens fortes do ex-presidente Jair Bolsonaro levantou a bandeira da extrema-direita e se habilitou a se tornar líder da oposição
Por William Robson
Um aspecto positivo para o senador Rogério Marinho quanto à disputa pela presidência do Congresso é que ele chegou chegando na oposição. Estreante no Senado, um dos homens fortes do ex-presidente Jair Bolsonaro levantou a bandeira da extrema-direita, defendeu as pautas antipovo e se habilitou para se tornar líder da oposição.
Os 32 votos que obteve não significam que a bancada adversária ao Governo Lula tenha esta envergadura. Fatores diversos motivaram os votos contrários a Pacheco, transformando-se em voto útil em Marinho. No entanto, há uma plumagem homogênea que tendeu a circundar o senador potiguar.
O jornal O Globo mostra que o PL, PP e Republicanos são farinha do mesmo saco e se unem na oposição ao presidente Lula. Quer dizer, com algumas dissidências, sobretudo, no PL. Há parlamentares que não estão dispostos a viverem de pão e água durante os anos que se seguem. Porém, esta é a base mais sólida sob o comando de Marinho. Seriam 23 senadores.
Marinho passou a ser o nome preferido deste grupo para liderar a oposição. O Globo destacou que o senador gerou uma boa impressão nos colegas. “Estreante na Casa, ele é tido por aliados como um político habilidoso e capaz de dialogar com colegas das mais variadas matizes. Na reta final da corrida pela presidência, Marinho virou votos e chegou a preocupar os auxiliares de Lula, que apoiou a candidatura de Pacheco”, informou.
A Folha de S. Paulo, por sua vez, noticiou o nome do senador como líder da bancada no final da noite desta segunda-feira (6). O nome de Marinho foi definido e a vaga também era disputada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do governo Bolsonaro no Senado.